sábado, 13 de agosto de 2011

EU DEITO

Envolta permanece minha escuridão,
com vozes que gritam o silêncio.
Eu nunca estive salvo aqui dentro.
Por mais que eu me esconda,
estarei a sua frente.

E novamente eu vejo meus
sonhos afundarem sozinhos.
Nenhuma mão os salva.
Nenhuma voz me liberta.

Por mais que eu feche meus olhos,
tudo está nos meus sonhos.
Eu deito em disfarces.
Eu deito em falsos motivos.
Eu deito falsas lembranças.

E agora me afogo nas lágrimas
que não secaram.
Meus olhos caem em frente ao espelho,
são dois sofrimentos, são duas metades.
E não posso dizer tudo, porque
você não está me escutando.

M.N.

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