Ainda que eu pudesse esquecer, de um
jeito sem volta, cicatrizes não se apagam
assim.
Lembrando dos passos vazios, das vozes
abafadas, das mãos frias que não eram
mais nada.
É como se tudo fosse verdade novamente.
É como se tudo me cortasse como antes.
Iludido jeito de me afastar, fazendo me
entregar ao meu próprio fundo.
Mesmo que eu já saiba, é de sua boca que
precisa ser dito e são em seus braços que
eu preciso dormir.
A noite não acaba, e eu não posso mais
voltar para casa ao seu lado.
Lado frio, sem ter um caminho guiado;
lado em que poderei mostrar o que ficou, o
que eu me tornei depois de tanto tempo.
Sentindo o amor em todo o seu sentido errado.
Deixando que apenas fosse mais uma
dor escondida em mim.
Mas o tempo mostra o que isso faz, e o tempo
mostra o pouco que eu me tornei.
M.N.
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